Que o Vale do Paranhana é cheio de talentos não é novidade. Assim, as apresentações do Ginásio Vive, projeto que colocou artistas da região no palco da 33ª Oktoberfest de Igrejinha, foram mais uma vez um sucesso! Na sexta-feira (21), quatro atrações subiram ao palco do Ginásio do Parque de Eventos Almiro Grings mostrando variedade de ritmos com muita competência, carisma e profissionalismo – além de animação.
Moogee, Naye, Giácomo Velasques e Cristian Dutra foram as atrações da noite, dando continuidade ao projeto que, na sexta-feira anterior (14), teve Mazah Rock Band, Ruan Victor e Instinto Natural no palco (veja aqui como foi).
Adrenalina do pop rock para abrir a noite
Foi com a energia lá em cima que a Moogee subiu ao palco e entregou tudo com muito pop rock. Em 2007, a banda lançou seu primeiro CD, depois ficou parada um tempo e, desde 2019, voltou aos palcos. Agora, nessa retomada, fãs da época seguem acompanhando e novos estão surgindo. Este é o primeiro grande show neste novo momento e com essa formação. “Tocar aqui é o que toda banda almeja. Um palco bom, equipamento bom, divulgação e visibilidade pro seu nome. Essa é uma festa comunitária que ajuda toda a sociedade e, agora, ajuda também os artistas da região. Estamos felizes e muito satisfeitos por estar aqui”, comemora o vocalista Luiz Fernando Cunha.
A subiu ao palco ainda com Rique Souza, Juliano Staudt, Matheus Braun Santos e Felipe Rick. A Moogee também se apresenta nas casas noturnas da região no formato trio, acompanhando as novas tendências que se impuseram neste pós-pandemia. Ainda em 2022, a Moogee deve apresentar sua nova música autoral de trabalho, que já está em fase de produção.




Positividade em forma de música
O reggae com pitadas de pop também subiu ao palco e encantou. A Naye, formada por Gabriel Vettorazzi (vocal), Rômulo Vettorazzi (baixo), Gabi Schneider (bateria) e Gian Sohne (guitarra) fez um show com a energia lá em cima e um setlist que acompanha o novo momento da banda. Mesclando o que eles gostam, com o que o público curte, a banda trouxe músicas internacionais, passou pelo pagode, indo além da sua principal frente e mostrando o talento e a versatilidade de seus músicos.
Um dos pontos altos, foi quando a banda tocou “Acelerou“, uma de suas composições autorais. “É sempre incrível tocar na Oktoberfest e não é exagero dizer que é um sonho. A gente escolheu trazer esse som para apresentar pra galera a nossa música autoral e fomentar essa parte aqui na região. Sempre que o ambiente permite, a gente gosta de colocar uma música nossa e ver a reação do público”, conta Gabi. De 2019 pra cá, o repertório inclui novidades, mostrando mais vertentes, com canções mais dançantes e envolventes. “Esperamos que a galera curta esse nosso novo momento e siga nos acompanhando”, projeta.




Mistura de ritmos e estilos com novas propostas
Em uma vibe ainda mais eclética, Giácomo Velasques levou para o palco do Ginásio Vive referências de diferentes estilos musicais. Do pop rock ao funk, do rock ao baile, as canções escolhidas para o show ganharam uma batida pesada em atualizações cheias de personalidade. O democrático show contou ainda com Fabrício Kirsch (Xicóh), Elder Velasques, Matheus Braun dos Santos e Marcio de Oliveira. “Em 2019, eu estava com o pé engessado e poder voltar agora, me movimentar e dançar como eu gosto é uma oportunidade incrível. Esse palco para gente, artista da região, é uma iniciativa incrível. Todos sonham estar aqui, não é exagero”, celebra.
A proposta com misturas é novidade na carreira de Giácomo e é o que ele tem apresentado nas casas da região. “Este show marca o novo momento, o início de um novo ciclo. Vamos levar ainda mais alegria ao público”, conta. Ele também aproveitou o espaço para cantar “Funk de Amor“, sua mais recente canção autoral. O artista está em processo de gravação de um EP de músicas próprias, compostas por ele, que deve ser lançado em 2023, e vai reforçar essa proposta de misturas e estilos.




Um show dançante com a energia no alto
Encerrando as apresentações no Ginásio Vive em 2022, Cristian Dutra subiu ao palco e colocou o público para dançar e pular. Com quase 20 anos de estrada, passagem por bandas de baile e shows nas principais casas de festa da região, a emoção do momento não é diminuída. “É um prazer imenso estar voltando depois da estreia do projeto em 2019. A Oktoberfest de Igrejinha tem o palco que mais abraça os artistas, sejam locais ou nacionais. Estou muito feliz de cantar minha música depois desse tempo de pausa. Estamos com toda energia para cantar para esse povo lindo”, comemora.
No repertório do show, músicas das bandas de baile pelas quais ele passou, pop rock, bandinha típica, além do sertanejo raiz e recentes, que considera seu berço principal. Nos dois anos de pandemia, o artista percebeu ainda mais a necessidade que tem de estar no palco, que considera ser o seu lugar preferido. “É essencial para a minha existência como pessoa. O que mais gosto de fazer é levar alegria para as pessoas através da minha música”.




Uma aposta que deu certo
Depois do sucesso de 2019, quando os projetos Ginásio Vive e Oktober Pub foram lançados, a expectativa para 2022 era da confirmação – e a mesma foi superada. O que se viu nas apresentações foi o talento dos artistas da região fazendo shows que encantaram, surpreenderam e empolgaram o público. Cada um com seu estilo e ritmo mostrou a que veio!
O coordenador de bandas, Sergio dos Reis Junior, destaca que o público na sexta foi menor do que na edição anterior, quando a ação aconteceu nos sábados, principalmente no segundo final de semana quando choveu muito no início da noite, o que fez com o parque como um todo recebesse o público somente mais tarde, com a parada da chuva. Ainda assim, ele valida a proposta e, em especial, elogia o profissionalismo e talento dos artistas participantes. “O público que prestigiou os shows viu muita qualidade na estrutura que foi montada e dos músicos que participaram. Todas foram grandes apresentações, com muita empolgação. O Ginásio Vive é um projeto que veio para ficar e vai dar um bom resultado pra frente”, comemora.
Sobre o Oktober Pub, ele considera que foi um espetáculo a parte. O local junto à Vila Germânica, é um espaço pouco conhecido e explorado e, com essa proposta de shows alternativos, recebeu muitas pessoas. Em alguns momentos, chegou a ficar lotado, confirmando o sucesso. “Tivemos uma programação musical bem variada e acreditamos que podemos aumentar até os horários para um próximo ano. É uma musica diferente, um espaço bom para conversar. A repercussão foi muito positiva, só elogios! É um espaço que vai se manter e tem muito para crescer. Estou muito feliz pelo resultado. Ajudei a estruturar e hoje é o meu espaço preferido na festa”, projeta. Além dos artistas que se apresentaram no Ginásio Vive, o pub contou com Barô Trio, Junior Giehl, Porthos Olinto, Jana Ebert e Ale Marks, Pagode do Nando, Sara Grings e Tiago Boss e Rafael.
Os shows no Ginásio Vive, neste ano, oportunizaram cachês aos artistas. Já o Pub, foi um espaço onde os artistas tocaram de forma voluntária, somando ao espírito da festa. Todos os que estiveram no Ginásio dispuseram também um horário para o pub e, alguns outros, tiveram a primeira oportunidade de tocar na festa através dessa proposta. “Quero parabenizar e agradecer os músicos. A ideia é que seja uma porta aberta para futuras parcerias. Eles tem a possibilidade de estarem em um evento grande, somando em portfólio e é uma grande vitrine para divulgar seu trabalho”, evidencia.
