Após dois anos e sete meses, as palhaçadas terapêuticas estão de volta aos hospitais da região. Depois de muita espera dos voluntários, o Plantão da Alegria, projeto de palhaçaria de hospital que ficou parado em função da pandemia, retorna às atividades. Agora, com os devidos cuidados, como o uso de máscara, distanciamento e a devida higienização de mãos, os palhaços voltaram a alegrar os pacientes, acompanhantes e colaboradores.
Na última terça-feira (25), o projeto voltou ao Hospital São Francisco de Assis com as doutoras Gadeia, Ripilica e Sasá, que estavam radiantes com a volta. “Foi uma explosão de alegria, que transbordava dos corações das doutoras, dos funcionários e principalmente dos pacientes. A nossa alegria refletia neles e a deles refletiam em nós. Todos se mostraram gratos pela nossa presença. A receptividade, tanto por parte dos funcionários, como por parte dos pacientes, superou todas as nossa expectativas. Valeu muito e voltamos para casa cansadas, porém, de alma lavada de pura felicidade e gratidão”, declara a Dra Ripilica.
No Hospital Bom Pastor, o retorno ocorreu na quarta-feira (26), com os doutores Click, Dó Ré Mi, Chuvisco e Koxixa. “Temos tantas tarefas no dia-a-dia que priorizar o Plantão da Alegria nos traz um ganho imensurável. É lindo demais ver a transformação em cada quarto onde passamos”, explica a Dra Koxixa, interpretada pela voluntária Dinaura Camacho.





O Plantão da Alegria nasceu no Hospital Bom Pastor, de Igrejinha, e foi ampliado ao Hospital São Francisco de Assis, de Parobé e para o Hospital Dr. Oswaldo Diesel, de Três Coroas. Seu objetivo é levar alegria e distração aos pacientes, acompanhantes e colaboradores dos hospitais.
Os pacientes internados em hospitais enfrentam dificuldades pessoais, como o ambiente desconhecido, a distância da família, o convívio com pessoas estranhas, o desconforto muitas vezes ocasionado pela medicação e pelos procedimentos e as limitações impostas pela doença. No caso das crianças, por estarem debilitadas, frequentemente param ou limitam suas atividades lúdicas. A recreação terapêutica auxilia na recuperação conciliando a diversão e a terapia através de atividades e dinâmicas estabelecidas conforme a necessidade de cada paciente, tornando a passagem pelo hospital menos traumática, visando um trabalho mais humanizado.
O trabalho é feito por voluntários. Qualquer pessoa maior de 18 anos pode se inscrever. Após a inscrição o voluntário passa por uma espécie de ‘entrevista’ para verificar para que tipo de atividade ele tem perfil (contação de histórias, brincadeiras, teatro, música, jogos, trabalhos com crianças, com idosos etc) e qual o horário que ele tem disponível. Para se tornar voluntário do projeto o primeiro passo é o registro em um formulário que pode ser acessado AQUI.