Na última segunda-feira, 21 de dezembro, a Fundação Cultural Palmares divulgou no Diário Oficial da União a lista dos premiados do Edital Arte do Quilombo. Nesta lista, destaca-se o artista taquarense Antônio Gabriel de Xangô – conhecido também como Biel, que foi contemplado com a premiação na categoria Música.
Para o músico, a premiação é uma afirmação do seu trabalho cultural de décadas. “Essa premiação é um fato muito importante na minha carreira. Tenho 37 anos e trabalho profissionalmente há mais de 20 anos na música. Ter esse reconhecimento nacional me traz alegria e a certeza que meu trabalho é importante para a cultura”.
O edital foi lançado em julho de 2020 pela Fundação Cultural Palmares com o objetivo de premiar artistas das comunidades Quilombolas e não quilombolas, autodeclarados negros, das 5 macrorregiões do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), nas categorias: Artesanato, Música, Dança, Teatro, Leitura, Escrita e Oralidade, Narrativas Folclóricas e Culinária Tradicional.

O edital representa uma mudança na execução das áreas finalísticas da Instituição do Governo Federal e, pela primeira vez em 30 anos, direciona o recurso público para quase 100 profissionais que mesmo sendo artistas talentosos e experientes, ainda não são reconhecidos pela crítica e sociedade.
O Edital teve como finalidade premiar os fazedores da cultura afro-brasileira e auxiliar na manutenção de suas atividades culturais durante a pandemia. Como benefícios diretos e indiretos da ação, destacam-se o fortalecimento, a valorização, a preservação, a divulgação da cultura afro-brasileira; o fortalecimento do imaginário positivo relacionado às questões afro-brasileiras perante a sociedade brasileira; o fomento às manifestações culturais afro brasileiras principalmente em tempos de crise e o auxílio à manutenção das expressões culturais afro-brasileiras nos quilombos.
O artista taquarense contou com o apoio do Coletivo Pró Cidadania na inscrição do seu trabalho no Edital Arte do Quilombo.
Conheça um pouco mais do trabalho de Antônio Gabriel de Xangô: