É o fim?

Escrevo esta crônica e pode ser que, até ser publicada, o mundo já tenha acabado. Não por causa de um possível atraso meu em entregar o texto no prazo, mas porque vivemos os últimos anos na constante iminência do fim.

Não subestimem as pandemias (já passamos por uma, lembram?) e nem as guerras que, felizmente, ainda não enfrentamos aqui, ao menos os contemporâneos da minha idade, embora todos sentimos os reflexos dos conflitos que ocorrem atualmente pelo mundo.

Não ignorem a maldade das pessoas, também. Ela não tem limites (basta recordar o Holocausto, Hiroshima e Nagasaki, os ataques do Hamas e tantas outras atrocidades contra a humanidade).

As ameaças, agora, são virtuais e silenciosas. São transportadas por drones que sobrevoam nossas cabeças e invadem nosso território enquanto dormimos. Há ogivas nucleares prontas para serem disparadas contra todos, o que é um paradoxo porque não sobrará ninguém para “cantar vitória” e nem contar a história.

Tanta inteligência, incluindo a artificial, não serve para nada quando todos querem ter razão e poder. Acima de tudo, poder. Mas querer, nem sempre é poder. O contrário, talvez.

Ainda assim, escrevo, na esperança de que alguns leiam essas palavras perdidas no universo online e de que o mundo não tenha acabado ontem. Caso ainda estejam todos por aí, e o planeta intacto, que possamos refletir sobre o fim, que não é a morte como imaginamos, naturalmente, mas como extermínio, destruição e apocalipse deliberadamente planejados para…. para… para o quê, mesmo?

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