Balanço de um ano que me balançou

2022 chegou e abalou, sacudiu e balançou.

Mas entre altos e baixos, mostrou caminhos, guiou corações e mesmo que eu não queira perceber ou admitir, me melhorou. Não aconteceu nada em específico além da vida, da correria, dos problemas de adulta que eu precisei solucionar. Sabe como é, né? Mas aconteceu tudo que precisava ter acontecido.

A gente se enfia em problemas para depois tentar sair deles. Como a gente adora uma complicação. Não é possível!

A vida está lá, seguindo seu curso, mesmo que morna… e a gente vai e cutuca até tirá-la dos trilhos. E depois se queixa que está tudo bagunçado. Mas, ué? Não foi isso que a gente buscou?

Acho que essa pode ser uma boa definição sobre como foi o meu 2022. Uma deliciosa bagunça repleta de resoluções para a vida.

O meu maior desejo para o ano 2022 era “equilíbrio” e já no primeiro mês eu me posicionei de modo a chacoalhar tudo dentro de mim. Incoerente, né? Nem tanto: isso fez com que tudo que estava fora do lugar, se encaixasse; coisas que não me serviam mais, fossem postas de lado; sentimentos ignorados por anos, fossem confrontados. Não foi fácil. Nunca é.

Muitas, muitas perguntas. 2022 foi o ano da “Martina perguntadeira”, da “rainha da retórica pra si mesma”. Foi um ano bem louco. Um ano onde eu busquei incessantemente por pertencimento.

Mas… Descobri que pertencimento em tempos de individualismo exacerbado, é solidão em meio à multidão. Tu faz parte de vários grupos, mas não pertence a nenhum.

Tenho aqui para mim, que é TUDO sobre se importar. Mas assim, de verdade.

Ou deixar de. A gente também precisa deixar de se importar, vez ou outra. 

Aprendi um bocado de coisas, em 2022.

1. Ser gentil, ser de verdade, é importante.
E dá para ser firme E gentil.

2. Perdoar é ótimo. Esquecer, não. Lição aprendida, é pra vida toda 🤍 e sério, vá por mim: é ótimo fazer amigos nos locais onde trabalhamos e prestamos serviços, eu adoro. Mas hoje eu percebo que é muito mais valioso ser respeitada. 

3. É bom deixar de pertencer a alguns grupos, quando a gente volta a pertencer a si.

4. É bom cultivar o hábito de conversas francas com a gente, com colegas de trabalho, com amigos. É bom desfazer laços que já viraram nós que apertam e sufocam. É bom poder ir e é bom deixar ir.

Valeu por tudo, 2022!

Tu me deixou incrivelmente forte. Comecei o ano me arrastando, terminei feliz, realizada, ciente do quão capaz eu sou. Deus ajuda, terapia ajuda, família ajuda… mas eu precisei reconhecer que precisava de ajuda e pedir ajuda, para ser ajudada. E que libertador foi descobrir que eu não preciso ser forte o tempo todo!

Seja bem-vindo, 2023!

Faremos de ti, um ano memorável.

O ano no qual vou começar a ser de fato, tudo aquilo que eu disse que seria.

E a melhor parte? Isso será por mim, não pelos outros.

Boas festas! E que em 2023 possamos “seguir nos lendo” por aqui 🙂

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