E porque há vida, há ar, sopro que vem do mar ou do abraço amigo que ninguém poderia imaginar.
Em asas, voamos aos pares. E são milhares, rua afora, correndo, sustentados pelo mesmo objetivo, que não é somente chegar, mas ir, olhar, sorrir, suar e até competir e ganhar, se a condição física e o percurso favorecerem.
São anjos que encontramos no caminho, onde quer que estejamos reunidos para correr ou apenas comemorar o aniversário do amigo, com bolo e refrigerante, sem treino, o que também nos fortalece.

Alimento para o corpo e para a alma. Assim, sobrevivemos, no amparo recíproco de quem sabe da impermanência do ser e do estar.
Fugaz e rapidamente, cumprimos o percurso que, sem o mestre, não seria possível. Professores que nos vigiam, mãos que nos amparam, amigos que nunca vimos.
E assim, seguimos correndo pequenas ou longas distâncias, perto ou distante de casa, mas sempre na companhia dos que sabem voar em bando, sem esquecer que cada um é responsável pelo bater de asas que nos sustenta no ar”.

PS: Crônica em homenagem aos novos e queridos amigos corredores da TeamFR, coordenada pelo treinador Felipe Rocha, em Guarapari-ES, que me acolheram sob suas asas em muito mais do que as 10 milhas da Garoto!