Um hábito pode ser adquirido ou eliminado durante várias fases de nossa vida. Nem uma coisa nem outra é fácil. Leva tempo, às vezes, para erradicarmos um hábito ruim e também para incorporarmos novas atitudes no cotidiano.

A leitura, por exemplo, é um hábito que precisa ser implantado desde criança para ser incorporada como uma atividade essencial na vida adulta. Mas mesmo quem não teve contato com os livros desde cedo, pode começar aos poucos, em qualquer idade, desde que se proponha a isso com disciplina e determinação.

Erradicar um mau hábito, porém, me parece bem mais difícil e exige esforço redobrado em algumas situações. Quem tem algum vício, como fumar ou beber, sabe do que estou falando. Para começar é fácil, mas depois torna-se muito complicado parar.

Ler também pode ser um vício, positivamente falando, e algo impossível de ser eliminado da nossa vida, depois que nos acostumamos a doses diárias de leitura, seja ela qual for. Vicia como droga, mas não causa nenhum dano ao cérebro. Muito pelo contrário.

Leva-se algum tempo para nos darmos conta de que algo já se tornou um hábito. Nem sempre entendemos que o excesso pode estar nos levando para situações comprometedoras da saúde física ou mental, ou ao contrário, para caminhos promissores e iluminados. Depende das escolhas e do que faz bem para cada um.

Os livros, assim como a música, filmes e outras artes, acabam sendo aliados neste processo de desintoxicação mental, nos proporcionando diálogos silenciosos conosco mesmo. É como desligarmos o piloto automático e nos reconectarmos com novos e diferentes mundos que podem mudar ou reforçar nossos hábitos.

Nem sempre precisaremos abrir mão de tudo o que nos dá prazer e alegria, mas dosar em equilíbrio para seguir adquirindo novos hábitos, talvez, ou descartando aqueles que nos intoxicam de alguma maneira, seja física, mental ou espiritualmente. 

Viver bem também é um hábito que pode ser aprendido. Basta querer!