Sem o mi-mi-mi que acompanha essas datas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher, sei que sempre vale a pena reverenciar atitudes concretas que independem do dia do ano.
Hoje pela manhã, ainda, vi uma mulher trabalhando de pedreira na obra de uma casa aqui do bairro. Poucas, com certeza, exercem essa atividade tipicamente masculina, mas foi bonito de ver o trabalho duro sendo executado por uma representante do “sexo frágil”.
Sei que há vários exemplos para serem citados em todas as áreas de atuação, onde a mulher vem ocupando cada vez mais espaço, sem o devido reconhecimento, talvez, mas avançando sempre.
Até a notícia de uma oficina mecânica, empreendimento instalado por uma mulher para atender mulheres, me chamou a atenção. Local masculino por natureza, “oficina não é assunto para meninas”, normalmente habituadas a deixar para os homens essa tarefa um tanto chata, claro, mas que pode e deve ser exercida por qualquer pessoa, deixando as gurias bem mais à vontade para consertar seus veículos, sem ter que ouvir a famigerada frase: -“Só podia ser mulher”.

Outra iniciativa muito legal é de uma instrutora de autoescola que resolveu dar aulas particulares só para mulheres habilitadas, mas que têm medo de dirigir, mesmo tendo sido aprovadas nos exames do Detran. E isso é mais comum do que possam imaginar!
Além do estigma de que mulher é “maneta”, me dei conta que a maioria dos instrutores de autoescola é homem, o que inibe, provavelmente, ainda mais, a evolução das alunas mais jovens, principalmente.
Portanto, neste Dia Internacional da Mulher, quem sabe possamos refletir um pouco sobre estes exemplos que despontam todos os dias, ainda que só sejam lembrados nessas datas “festivas”, o que é pouco e está longe ainda de significar a real importância das mulheres no trabalho e na vida de muitos homens que pensam ser capazes de resolver tudo sozinhos, mas surtam quando as meninas resolvem brincar de carrinho.