Na tarde desta segunda-feira, 19, o Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha fez a doação de três aparelhos de respiração para Hospital Bom Pastor. Os equipamentos serão usados no atendimento de pacientes com Covid-19 ou problemas respiratórios. A entrega foi realizada pelo presidente da entidade, Erno Luis Feyh, representando todas as empresas associadas ao SindIgrejinha.
Conforme a entidade, foi o espírito de solidariedade e de voluntariado que é muito forte na população de Igrejinha que fez com que o Sindicato que representa os empresários do Calçado, Componentes e Vestuário se mobilizasse na ação. Assim optou-se por participar de forma positiva neste momento difícil que a sociedade está passando, ajudando a melhorar as condições dos pacientes que precisam de tratamento hospitalar.
No mês de março, o Sindicato já havia contribuído com R$ 10.000,00 para a compra de luvas descartáveis. “Tudo o que estiver ao alcance dos associados para melhorar as condições das pessoas da nossa comunidade e para amenizar o sofrimento nesta hora tão difícil que estamos passando será feito”, declara o presidente da entidade.
Sobre os equipamentos
O sindicato disponibilizou o valor de R$ 53.328,24, utilizado na compra de dois Bipaps e de um aparelho de terapia por cânula nasal de alto fluxo. O Bipap é um equipamento utilizado para ventilação mecânica não invasiva, dispensando oxigênio através de uma máscara. O seu principal objetivo é favorecer as trocas gasosas e ajudar na reabilitação pulmonar aos pacientes com insuficiência respiratória. Conforme a fisioterapeuta do HBP, Kássia Monteiro, seu uso em paciente com Covid-19 tem tido bons resultados. Ela destaca ainda que o aparelho de terapia por cânula nasal de alto fluxo é outra ferramenta importante que vai melhorar a assistência aos pacientes com Covid-19, evitando muitas vezes o processo de intubação e do uso da ventilação mecânica. “O aparelho de terapia por cânula nasal de alto fluxo é mais confortável e oferece um grande volume de oxigênio, muito maior do que os equipamentos que tínhamos a disposição até o momento”, explica a fisioterapeuta. A oxigenioterapia convencional tem o fluxo limitado a um máximo de 15l/m, valores manifestamente insuficientes na falência respiratória. Os aparelhos de alto fluxo ofertam até 60l/m e podem tratar o paciente com problema respiratório com maior conforto.