Láparo Produções e o fazer artístico com profissionalismo para além das fronteiras regionais

Há mais de uma década, em Igrejinha, a Láparo Produções nasceu e brilha nos palcos por todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A produtora de espetáculos teatrais encara sua jornada encarando fronteiras e levantando a bandeira da profissionalização e a valorização do fazer artístico. Seus shows e espetáculos já encantaram públicos de feiras do livro, festivais, eventos de aniversários de municípios e escolas, além de empresariais e corporativos.

Comandada pelo casal de artistas Odarlan e Pâmela Mapelli, o projeto é a concretização do sonho de viver da arte. “Reunimos a paixão, a expertise empresarial e nos juntamos com outros artistas, criando uma empresa fundamentada e sustentável, fazendo girar a economia da cultura, trabalhando com o que amamos e sendo remunerados por isto”, declara Odarlan.

A produtora conta com três equipes/elencos que desenvolvem os espetáculos, com diferentes propostas de apresentações. A maioria são textos autorais que destacam temáticas como a mulher e seu protagonismo, africanidade, trabalho infantil, abuso, drogas, além dos espetáculos de humor. Suas obras primam pela interação com o público e reflexões através das quais querem incentivar as pessoas a ser protagonistas de suas vidas.

A consolidação do trabalho

Somente em 2018 e 2019, a Láparo levou sua arte para cerca de 160 lugares diferentes, sendo o número de apresentações ainda maior, uma vez que vários locais receberam mais de uma apresentação. “Quem trabalha com arte sabe que este é um número considerável. Nosso desempenho, neste sentido, existe pelo fato de termos a arte como forma de sustento. Trabalhamos de forma independente, raramente utilizamos recursos de lei de incentivo ou de editais de fomento. Possuímos espetáculos sobre diferentes temáticas e de diferentes gêneros. Além disto, também levamos oficinas teatrais e literárias para públicos distintos”, explica.

A Láparo conta com cerca de 20 pessoas diretamente e em torno de 40 indiretamente, conforme a produção realizada. Entre os profissionais que trabalham de forma fixa e os contratados por trabalho ou temporada estão atores, contrarregras, contadora de histórias, oficineiros, palestrante, cenógrafa, figurinista, técnico e operador de som e luz. “De forma contínua, são cinco núcleos familiares envolvidos financeiramente com o nosso trabalho e dependem exclusivamente da arte como forma de subsistência. Dependemos do público, que é a essência do nosso fazer artístico. No último ano criamos alternativas no ambiente digital e audiovisual, como forma de ‘sobreviver’ às dificuldades impostas”, pontua Odarlan.

Parcerias e estímulo à arte e ao teatro marcam a trajetória

Além de conquistar o público, desenvolver projetos diferenciados e firmar boas parcerias é decisivo para manter-se e crescer no mercado cultural. Juntamente com o Teatro Social Tio Tony e o grupo InsPirados, foi possível ampliar o rol de espetáculos e produtos artísticos a serem disponibilizados. Além dos espetáculos teatrais, o portfólio tem espetáculos circenses, contação de histórias, palestras e oficinas literárias, de teatro e para área da educação. No início de 2020 aconteceu a estreia do “Show da Páti”, um show interativo que une humor, literatura, música, brincadeiras e participação do público. “Ficamos muito contentes com a receptividade do público, e este será um dos nossos ‘carro-chefe’ na retomada das apresentações presenciais”, projeta.

Outros espetáculos de destaque são “Páti & Sandoval”, “Contar-te-ei – Oficina de Contação de Histórias”, “Natal em Família”, “A Lenda do Negrinho do Pastoreio”, “Palestra Mulher Protagonista”, “Show do Riso”, “Salvando o Dia”, “O Moleque”, “Quando o segredo gritar”, entre outros.

Entre os grandes feitos destes 11 anos de história está o projeto “Liteatrar – Teatro e Literatura na Redescoberta dos Africanos”, contemplado pelo FAC-RS #juntospelacultura, que propôs uma redescoberta e valorização da cultura africana, por meio de um momento lúdico e prazeroso de incentivo à leitura literária. E mais recentemente a Láparo estreou o programa “Na Caixinha”, que vai ao ar às segundas-feiras, às 20h, na Rádio Taquara AM, no Facebook e no YouTube. Muito além da visibilidade do próprio trabalho, o projeto dá visibilidade a artistas de diferentes manifestações culturais da região. Nesta quinta, 25, eles lançam o documentário audiovisual chamado “Mulheres Igrejinhenses – Empreendedorismo na Vida”, projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc.

Esta reportagem integra a série “Arte Igrejinhense na Vitrine”, que tem como objetivo final a produção de um e-book. A produção cultural foi contemplada pela Lei Aldir Blanc em Igrejinha.

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