A gente nasce na família que tem as características específicas pra trazer em nós os impulsos para a nossa evolução.
Eu. Mãe Muri, dos filhos Arthur e Júlia. Filha da mãe Marlize, dedico a todas as mães e filhos.
A mesma pessoa que me deu a vida, me pegou no colo, me amamentou e mais cuidou de mim nesta vida, é a mesma pessoa com quem mais argumentei, briguei, tentei fazer e ser diferente, a que eu mais chamei a atenção e exigi. Hoje agradeço cada um destes momentos, porque deles nasceram a aceitação, o perdão, a cura e a libertação para querer ir além.
A parte mais difícil foi aceitar que tu és uma mulher normal. Antes de ser minha mãe, és a Marlize, a que exerce outros papéis. Mãe Marlize. Mãe nossa. Minha e do Eze, que se dedica no melhor que ela pode oferecer. Da melhor comida deste mundo, das frases de cuidado antes que aconteçam os resfriados. O cansaço e calma.
Mesmo pela tua ansiedade, que têm o seu lado bom – a execução – e, claro, esse equilíbrio, depende de mim medir. O que mais te desejo do fundo do meu coração é MERECIMENTO. Sim, porque ele é o antônimo da culpa. Ahhh.. essa tal culpa, né mãe?
Essa culpa que vem na nossa família pelo esforço do trabalho. Te entendo e tento te fazer feliz todos os dias dividindo o mesmo pátio contigo, já que essa mulher que nunca parou precisou parar e ser responsável, ficando em casa em virtude do Coronavírus.
Gratidão pela minha vida, por ser a sua filha e me conduzir até que tivesse os meus próprios valores. Não quero mais te exigir nada, te libero, te respeito, te honro e me orgulho de ser sua filha.
Eu sou uma parte de você. Eu te vejo todos os dias em mim.
Obrigada pela vida, Deus, e por ser filha de vocês, Mãe Marlize e Pai Clóvis!