Tem palavras que soam muito mal. Etarismo, por exemplo, é uma expressão horrorosa em todos os sentidos pelo o que ela representa, ou não, mesmo sendo utilizada exaustivamente para explicar, ou discriminar ainda mais, a idade e o envelhecimento das pessoas.
Curiosa ou ancestralmente, as mulheres são as mais atingidas por esse preconceito que tem sido derrubado com ações e atitudes femininas de muita coragem e competência, independentemente da idade.
E aí estão muitas delas em todas as profissões, e mesmo dentro de casa, demonstrando que etarismo não existe. Há esforço, estudo, dedicação, limitações, superações e muita coisa a se fazer em qualquer fase da vida.
E isso vale para todos (desculpem, mas “todes” é outra palavra que soa muito mal, porque em “todos” já se diz e inclui todos e tudo… ou seria “tude”?).
Portanto, que “todos” possamos nos livrar dessas argumentações e nos focar no que realmente importa, que é o ser humano como um todo, e cada vez mais ativo, diga-se de passagem.
Poderia listar aqui mais dezenas de palavras inventadas, criadas ou incorporadas ao nosso vocabulário que não correspondem ao que vejo.
Mulheres e homens e, vá lá, “todes”, de todas as idades, fazendo coisas incríveis, dos 8 aos 80 ou aos 90 ou aos 100.

No dia 16 de março, meu avô, se estivesse vivo, completaria 107 anos. Morreu aos 94 anos, mas em plena atividade mental.
Pena que o físico não acompanhou tanta energia. Ou, pensando melhor, claro que acompanhou!! Do único jeito possível, que é ficando velho!
E viva todas as idades para todos! Saúde e vida longa, amigos!