Dia desses fui fazer um retrato. Sim, um retrato mesmo, a convite de um grande amigo meu, excelente fotógrafo e colega de jornalismo por muitos anos.
Não vou dar spoiler porque o projeto está em andamento (depois eu contarei todos os detalhes), mas o assunto me fez pensar no quanto são fugazes e equivocadas as imagens que vemos hoje postadas nas redes sociais. Em especial, no Instagram, que me parecem totalmente fake com seus filtros e cílios e caras e bocas e etc.
Ninguém mais se presta para fazer uma foto de verdade. O que se vê por aí é de dar medo, pena, risada ou dó.
Meu avô era fotógrafo e fazia retratos. A maioria em preto e branco até chegarem os filmes para fotos coloridas. Quem podia, investia dinheiro nisso, trabalho caro e que levava um bom tempo para ficar pronto até ter o retrato em mãos.
Por isso mesmo, hoje deveria ser mais fácil ainda fazer algo bem melhor, mas nem sempre é o que se vê por aí.

As pessoas se fotografam em qualquer lugar e em todas as situações, às vezes constrangedoras, e tudo é consumido como se fosse fotografia, pronto para ser esquecido e deletado a qualquer momento.
Alguns ficam irreconhecíveis nas tais fotos, a ponto de não sabermos se ao vivo trata-se da mesma pessoa.
Mas voltando aos fotógrafos, creio que ainda há uma esperança. Antes de sumir na nuvem, procure revelar suas melhores fotos em papel (tenho feito isso e me presenteado com imagens que eu nem lembrava mais) e “tirar” um retrato bem bonito para deixar de lembrança para a família ou simplesmente para lembrar quem você é, realmente.
Depois, se gostou, pode até postar. Vai dar muito mais likes do que você imagina!
Adorei teu texto e vem surpresas por aí!!!
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