O Dia da Independência era uma festa ou uma obrigação. Dependendo da idade e da escola, o desfile de 7 de setembro era um grande acontecimento. Na adolescência, a obrigatoriedade de ter que “marchar” na avenida principal da cidade era uma chatice para a maioria de nós que preferia estar em casa ou aproveitando o feriado de outra maneira.
O patriotismo e ufanismo por uma Nação se constrói com educação e cultura, além do respeito aos seus cidadãos e aos símbolos nacionais, como a bandeira, hoje esfarrapada como alguns segmentos do país.
Bem longe dos partidos e dos oportunistas, acho uma pena ver a bandeira associada a uma pessoa ou ideologia. Em outros países do mundo, este é um símbolo permanente em frente às casas e estabelecimentos, como forma de destacar a Nação como Pátria de todos.

Mas por aqui, basta sair com a bandeira nas costas para ser rotulado como direitista ou o que for. E vice-versa, porque o contrário também é mal visto como esquerdista ou mau brasileiro. Enfim, um desfile de imbecilidades e polaridades que só nos empobrecem como Nação.
E eis que após um ano e meio de pandemia, seguimos marchando, caminhando e cantando com cabeças de papel que têm muito a aprender ainda. Obviamente, não haverá desfile e pouca coisa a comemorar, mas mesmo assim é preciso acertar o passo para mantermos a liberdade e a conquistada independência.
Se o quartel pegar fogo, a bandeira terá que ser hasteada a meio mastro e o luto não será só pelos mortos da pandemia, mas por todos os que não conseguiram ou não puderam remendar os farrapos que tremulam sobre nós.