Diversidade: para uma sociedade mais justa e empresas mais competitivas

Neste mês do orgulho LGBTQIA+, trago a temática da diversidade para que possamos refletir e promover movimentos de transformação em cada microespaço onde estamos inseridos.  

Diversidade tem a ver com respeitar e valorizar as singularidades, independente do gênero, orientação sexual, questões raciais, nacionalidade, faixa etária… Com toda a certeza, a pluralidade é bem vinda e nos ajuda a ter percepções diferentes sobre os mesmos aspectos, o que colabora para criarmos soluções que atendam as necessidades da sociedade como um todo. Assim, a diversidade é um fator de inovação, criatividade, eficiência e produtividade, harmonia e qualidade em todas as dimensões.

Nem sempre é tão fácil aceitar o diferente e, por esse motivo, a fim de ampliar nossa empatia e nos sensibilizar com diferentes realidades, te convido a fazer um exercício nomeado ‘Jornada dos privilégios’ (Liliane Rocha, autora do livro ‘Como ser um líder inclusivo):

Levante as duas mãos e em cada pergunta baixe um dos seus dedos, se a sua resposta for sim:

  1. Você já recebeu apelidos indesejados ou desrespeitosos por alguma característica sua? Se sim, baixe um dedo.
  2. Você já sentiu que seu gênero (ser homem ou mulher) é um impeditivo para o seu desenvolvimento de carreira?
  3. Você já foi confundido com funcionário de uma empresa, independente da roupa que estivesse vestindo?
  4. Você já hesitou falar dos seus relacionamentos afetivos por medo ou para evitar algum tipo de hostilidade?
  5. Você já foi zoado por conta do seu cabelo? Já disseram que seu cabelo é sujo, feio?
  6. Na sua infância você não se sentia representado nas novelas, revistas, programas de tv, filmes, desenhos?
  7. Você já sentiu que empresas correlacionam a sua idade com a possibilidade de vir a ter filhos ou já ter filhos? E isso parecer um entrave para a sua carreira?
  8. Já desistiu de usar uma peça de roupa pelo receio de sofrer assédio ou violência na rua ou no seu ambiente de trabalho?
  9. Ao andar na rua, você já foi alvo de assovios, comentários indesejados ou intenções sexuais?
  10. Você já foi seguido por um segurança de determinado estabelecimento que você entrou para fazer uma compra?
  11. Você já foi considerado inapto por alguma condição física que demandava força sem que as pessoas te consultassem antes?
  12. Sua mãe te ensinou a nunca correr na rua?
  13. Você frequentemente precisa se preocupar com acessibilidade ao se deslocar ou participar de uma atividade?

Ao final desse exercício identifique quantos dedos foram baixados.

Sempre que respondo essas perguntas, me emociono ao perceber que há uma diferença com relação a privilégios que cada um de nós tem. Me faz pensar que nem todos partimos do mesmo lugar de igualdade na sociedade. E me provoca a pensar no que eu posso fazer e no que cada um de nós pode fazer para promover a igualdade e equidade social e de gênero.

O primeiro passo, mais importante, e que não nos custa nada, é o respeito à diferença. O segundo, é avaliar dentro do dia a dia como posso promover a diversidade. Neste sentido busquei inspiração e compartilho o que cinco das vinte mulheres citadas na FORBES MULHERES DE SUCESSO dizem:

  • Djamila Ribeiro – Filósofa e Escritora com o livro mais vendido em 2020 pela Amazon, defende que as pessoas não precisam chegar ao ponto de vivenciar situações reais na própria pele para aderir a determinadas causas. Ela acredita que houveram avanços  no ambiente corporativo na causa antirracista, mas ainda há muito o que fazer, especialmente porque brancos e pretos não partem do mesmo lugar.
  • Adriana Aroulho – A Presidente da SAP no Brasil considera a diversidade como um fator de inovação. O objetivo é chegar aos 30% de mulheres em cargos de liderança em 2022, mas almeja chegar nos 50%. Entende que é preciso começar pelas bases, na contratação, desenvolvimento e cultura de acolhimento.
  • Andreia Pinheiro – Sócia e Managing Director do banco de investimentos BR Partners, ocupa um papel de liderança em um setor dominado por homens. Uma das suas iniciativas para transformar o cenário foi o incentivo por meio de um programa de estágio. Em 2020, 40% dos estagiários contratados foram mulheres.
  • Margareth Dalcolmo – Médica Pneumologista  e Pesquisadora da Fiocuz, refere um prazer inenarrável no trabalho que também trouxe reconhecimento internacional, “clamo pela consciência cívica: as pessoas não podem se anestesiar frente ao que está acontecendo na pandemia no Brasil”.
  • Sandra Benites – Antropóloga e Educadora da aldeia guarani Porto Lindo e a primeira curadora indígena de exposição no Masp, entende que precisamos ter a consciência de que agredir a terra é agredir o corpo da nossa própria geradora, da nossa mãe.

Que pequena ação cada um de nós pode fazer nesta próxima semana para promover a diversidade e inclusão? Dentro da sua família? Na empresa? Entre amigos?

Abraços, paz e bem! Lu Linden.

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Um comentário

  1. Texto muito bom! Parabéns pelo conteúdo! Conheçam o programa de inclusão de pessoas com deficiência intelectual chamado Beleza em todas as suas formas, os jovens participam do curso de auxiliar de cabeleireiro e depois são direcionados para atuarem nos salões parceiros do Grupo Alfaparf. Podem nos encontrar do Facebook e no Instagram: Beleza em todas as suas formas. 😘

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