Com o objetivo de elaborar uma solução coletiva e colaborativa, o governo do Estado inicia, nesta quinta-feira, 02 de julho, uma consulta a 1.520 entidades representativas sobre a retomada presencial das atividades de ensino. Até o dia 12 de julho, serão recebidas sugestões sobre o retorno das aulas e protocolos de prevenção por meio de formulário eletrônico enviado diretamente às entidades.
“Chegamos a anunciar um modelo para o retorno gradual do ensino presencial no nosso Estado, mas é evidente que, diante do momento crítico que estamos vivendo, não haverá aulas presenciais neste momento. Mas se o agravamento da pandemia gerou a necessidade de suspendermos o que inicialmente havíamos proposto, também nos trouxe uma oportunidade para aprimorarmos a proposta”, afirmou o governador Eduardo Leite em transmissão ao vivo nesta quinta-feira.

Leany Lemos, coordenadora do Comitê de Dados, que encabeça a consulta pública juntamente com as secretarias da Saúde e da Educação e o Gabinete de Crise, afirmou que, dentre os 12 setores mapeados pelo Distanciamento Controlado, o da educação é o “mais complexo” em relação ao enfrentamento à pandemia.
“Não estamos falando de adultos, mas de crianças e adolescentes e, em muitos casos, de pessoas que não têm condições de seguir os protocolos e de cuidar da própria higiene. Existem muitos aspectos pedagógicos e sanitários envolvidos. Por isso, estamos trabalhado olhando para outros países, boas práticas e o que os mais recentes trabalhos científicos têm apontado. Chegou o momento de ouvir as entidades que representam diversos interesses e setores, para que a decisão do governo seja a mais bem alinhada com os desejos da sociedade”, disse Leany.
Embora ainda não tenha uma data, o governo já definiu que o retorno das atividades presenciais será gradual e por etapas de ensino, a cada duas ou três semanas. No formulário enviado diretamente a cada entidade, são apresentados quatro cenários, começando pela educação e deixando por último o ensino superior, por exemplo, ou iniciando e finalizando com a educação infantil. Mas também existe a oportunidade de que cada avaliador apresente um cenário próprio.