O fim do mundo deve estar próximo, mesmo, ou já em andamento, pelos sucessivos e assombrosos acontecimentos vivenciados e, obviamente, desencadeados por todos nós nos últimos anos.

Sem justificativa, sabemos que essa humanidade que aí está não deu muito certo. Com raras exceções, respira-se, eventualmente um sopro de alento e solidariedade, mas de um modo geral, não adianta mais chorar sobre o leite derramado e nem reclamar dos efeitos climáticos que batem à porta, ou melhor, arrombam, sem pedir licença.

Se alguém não sabia o que é ciclone, agora pode ir se preparando para uma pós-graduação sobre o assunto. O nordestão de Tramandaí vai virar uma piada perto do que vem pela frente. Esqueça o guarda-sol e fuja para as montanhas, se não houver deslizamentos.

Se correr o bicho pega, se ficar o vento leva, se chover alaga tudo, se faz frio não tem aquecimento, se o calor chega o sol derrete, se comer morre envenenado, se beber a água apodrece e não adianta nem gritar porque ninguém vai te ouvir. Deus te cancelará, sem dó nem piedade.

Sei que o assunto não é agradável. Melhor seria falar de neve, chocolate quente, lareira e um bom vinho na Serra Gaúcha ou de praias paradisíacas onde hoje faz calor de 48 graus, embora o verão recém tenha começado em alguns países.

Longe de mim estragar o fim de semana de vocês. São apenas alertas da Defesa Civil apitando no meu celular que, ultimamente, não deu trégua. Hoje, porém, o sol está ameno e a chuva foi embora. Aqui, porque logo abaixo o rio continua subindo e mandando os moradores para abrigos longe de suas casas.

Enquanto isso, aguardemos providências divinas porque dos políticos vai ser difícil e pode demorar mais uns dez mandatos, ainda. Até lá,  muitos ciclones virão e talvez nem seja mais necessário tantos investimentos aos poucos privilegiados (ou não) que sobreviverem.

A terra não é plana, mas continua azul nas imagens captadas lá de cima, onde um mar de satélites nos monitora e não sabe para onde navegar com tanta gente naufragada querendo um bote para se salvar. E não há coletes salva-vidas para todos, é bom avisar!