“Terrivelmente evangélico”. Essa foi a expressão ou qualificação determinada pelo presidente Jair Bolsonaro para futura indicação de um ministro ao Superior Tribunal Federal. Independentemente de credo ou religião, terrível é indicar alguém sem competência e preparo para o cargo, que exige muito mais do que simplesmente ser “amigo do rei” ou frequentador da mesma igreja.
Aterrorizados estamos nós, brasileiros, obrigados a ouvir diariamente em rede nacional inimagináveis barbaridades de uma equipe de políticos que, prioritariamente, deveria, ao menos, saber o que está falando para o povo e para o mundo.
Terrível é a fome, a falta de investimentos em saúde, o descaso com a pesquisa. Terrível é a falta de educação, o sucateamento das escolas, a falta de segurança, o medo que assola todos os cidadãos deste país em qualquer lugar, a qualquer hora.
Terrível é a fila do SUS, a marginalidade, o desemprego, a falta de perspectivas, a estagnação da economia, o nepotismo e, principalmente, a falta de respeito com quem paga impostos e cumpre “terrivelmente” com seus compromissos tributários e fiscais para não obter nada em troca.
Terrível é a corrupção e a falta de vergonha dessa classe política que há anos só pensa em levar todas as vantagens possíveis e distribuir benesses para a sua tribo. Terrivelmente lamentável, terrivelmente triste, terrivelmente decepcionante testemunhar a ignorância e a estupidez humanas, que parecem não ter limites.

Inevitável, de tempos em tempos, surgirem personalidades bizarras em qualquer área de atuação, mas temos sido premiados, nos últimos anos, com situações terrivelmente inimagináveis, no Brasil e no mundo. E não se trata de questões apenas partidárias, mas sim de pessoas, mesmo. De cidadãos sem a menor noção do que estão fazendo, ocupando os mais altos cargos públicos e o que é pior, eleitos em sua maioria pelo voto direto da população.
Estamos terrivelmente à deriva, na esperança de que alguma coisa aconteça e nos livre do mal, mas está difícil. Prende-se alguns e surgem outros. Votamos em outros e surgem mais alguns, tão terríveis e incompetentes quanto.
Terrível é não saber. Melhor não ligar a TV.