Você pode estar pensando que neste mundo conectado e que funciona em rede a escrita à mão pode parecer uma prática ultrapassada. No entanto, estudos demonstram que essa habilidade é essencial para o aprendizado profundo, a memorização eficaz e a compreensão significativa dos conteúdos. De acordo com estudos da neuroaprendizagem quando escrevemos à mão, ativamos áreas do cérebro responsáveis pela motricidade fina, coordenação e processamento da linguagem. Isso fortalece conexões neurais, permitindo uma melhor retenção das informações. Diferentemente da digitação, que é um processo mais mecânico e rápido, a escrita manual exige um esforço cognitivo maior para formular e estruturar ideias. Percebo que os meus alunos que tomam notas à mão absorvem e compreendem melhor o conteúdo do que aqueles que digitam, ou não o fazem. Isso acontece porque a escrita manual nos obriga a resumir e reformular a informação, promovendo um processamento mais ativo. Ao contrário da transcrição literal feita na digitação, a escrita à mão facilita a organização mental e a retenção de longo prazo.

Então de fato a escrita manual contribui para uma compreensão mais profunda. Ao dedicar tempo para formar cada letra e frase, o cérebro analisa melhor o conteúdo, criando conexões significativas entre os conceitos. Além disso, a escrita manual estimula a criatividade e a expressão pessoal, algo que dificilmente acontece ao simplesmente digitar palavras em uma tela. E, é claro que embora a tecnologia ofereça praticidade, a escrita à mão continua sendo uma ferramenta poderosa para o aprendizado. Incorporá-la no dia a dia, seja por meio de anotações, diários ou listas, pode melhorar significativamente a capacidade de memorizar, entender e desenvolver novas ideias. Afinal, a escrita manual é muito mais do que um hábito do passado—é um segredo cognitivo valioso para a mente.

Três passos que trabalho com meus alunos e que você pode tentar. Simples, aplicável, duradouro.

• Passo 1: Quer entender por que você esquece tanto.  Saiba que você não tem memória fraca. Só não ativa ela do modo certo. Ao escrever você descobre o erro invisível que bloqueia sua capacidade de reter informação… e conhece o poder silencioso que destrava sua mente: a escrita ativa.
• Passo 2: Descobrir a ciência por trás da escrita e memorização. A ciência já provou: quem escreve, aprende melhor. Ao escrever manualmente você vai entender o que é “codificação profunda” e por que ela é o segredo pra guardar o que importa, sem esforço extra.
• Passo 3: Exercícios práticos que fixam o conteúdo no seu cérebro de forma ativa e natural: lembrar escrevendo, resumir com suas palavras e registrar o que aprendeu no dia.