O fato é que todo escritor é um leitor, mas nem todo leitor se arrisca na arte da escrita. Não é possível ser um bom escritor sem antes ser um exímio leitor, e não adianta ler “qualquer coisa”; é importante escolher bem suas leituras. Nossa capacidade de compreensão das situações da vida depende diretamente da nossa imaginação. Em outras palavras, só conseguimos entender aquilo que somos capazes de imaginar. E a imaginação é formada principalmente pela leitura atenta, pela consideração detalhada do que o autor oferece no texto, junto com a comparação do que você está lendo com a sua própria vida.
Assim, uma leitura bem feita ilumina de tal maneira nossa vida que, a partir do momento em que conseguimos realmente ler e entender, só queremos mais. Por exemplo, ao ler “Cem Anos de Solidão“, de Gabriel García Márquez, você não apenas aprecia a história, mas também expande sua imaginação ao explorar um mundo repleto de realismo mágico, que pode, por sua vez, influenciar e enriquecer sua própria escrita.
O que é mais importante, ler ou escrever? Eu diria que ambas são essenciais. Depois de ter meu mundo particular ampliado pela leitura, a escrita coloca ordem em tudo, revelando para mim mesma os meus próprios pensamentos. Enquanto a leitura inspira e alimenta a mente, a escrita organiza e dá forma às nossas ideias, criando um ciclo virtuoso de criatividade e compreensão.