O Instituto Pró-Cidadania, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, com o apoio do Instituto Acessibiliza e do Instituto Superar, lança o projeto Justiça Racial, uma iniciativa voltada para a redução da vulnerabilidade social de comunidades negras e periféricas. Com foco em Taquara, no Rio Grande do Sul, e em Eugenópolis, em Minas Gerais, o projeto tem como objetivo principal apoiar jovens negros, povos de terreiros, pessoas presas e egressas do sistema prisional, além de seus familiares, por meio de um conjunto de ações que visam o fortalecimento de direitos e oportunidades.
A proposta se destaca pela implementação de quatro frentes de atuação integradas, que incluem formação profissional, educação sobre políticas de drogas e cidadania, assistência jurídica e administrativa, e atendimento psicológico especializado. A iniciativa busca contribuir para a redução das desigualdades raciais, promovendo o acesso a direitos fundamentais e fortalecendo a justiça social. Entre as atividades previstas estão:
Formação profissional na economia criativa
Serão oferecidos cursos de Corte e Costura, Percussão e Capoeira para jovens negros, mulheres negras e pessoas egressas do sistema prisional, com a meta de capacitar 70 pessoas em habilidades práticas que possam gerar renda e fortalecer a autonomia.
Circuito de Educação sobre Política de Drogas e Cidadania
O projeto promoverá 10 palestras que abordarão temas como o combate ao racismo, o estigma racial relacionado à política de drogas e os riscos do aliciamento de jovens pelo tráfico. O circuito será realizado tanto em Taquara quanto em Eugenópolis, com a expectativa de alcançar cerca de 300 participantes.
Acesso ao Sistema Judiciário e Assistência Administrativa
Serão oferecidos serviços de consultoria jurídica e apoio para a emissão de documentação civil básica e acesso a benefícios sociais como o Bolsa Família. A meta é atender 50 famílias em situação de vulnerabilidade social.
Atendimento psicológico para jovens em situação de risco
Em Taquara, pessoas pretas ou pardas em situação de risco receberão atendimento psicológico especializado. O objetivo é atender 25 jovens e suas famílias ao longo de 10 meses, fortalecendo a saúde mental e o bem-estar desse público.
Segundo a co-fundadora e coordenadora geral do Instituto Pró-Cidadania, Vanessa Sanches, o projeto Justiça Racial e Cidadania vai além do combate à vulnerabilidade social, promovendo também justiça racial e igualdade de oportunidades. “Nossa intenção é impactar diretamente as condições de vida de pessoas que enfrentam barreiras históricas e estruturais. Queremos proporcionar desenvolvimento pessoal, acesso a direitos e melhores oportunidades de vida para essas comunidades”, ressalta.
O projeto tem o potencial de gerar mudanças significativas na vida dos públicos atendidos. A expectativa é que as ações contribuam para a autonomia econômica, melhoria da saúde mental e maior acesso a direitos fundamentais, promovendo um impacto duradouro nas comunidades de Taquara e Eugenópolis.
O Justiça Racial é uma realização do Instituto Pró-Cidadania em colaboração com o Ministério da Igualdade Racial, que conta com o apoio do Instituto Acessibiliza e do Instituto Superar. A iniciativa também está alinhada à Estratégia Nacional de Acesso a Direitos para a População Negra e Periférica na Política sobre Drogas, fortalecendo as ações de promoção de direitos humanos e igualdade racial em nível local e nacional. Para mais informações sobre o projeto e as ações desenvolvidas, acompanhe as redes sociais do Instituto Pró-Cidadania www.instagram.com/oficial_ipc e www.facebook.com/institutoprocidadania.
Sobre o Instituto Pró-Cidadania
O Instituto Pró-Cidadania, fundado em 2003 como Escola de Samba Mocidade Independente Jardim do Prado, em Taquara, Rio Grande do Sul, se transformou em instituto em 2019. Com mais de 20 anos de atuação, o IPC promove inclusão social por meio da cultura, educação, esporte, turismo e lazer. Certificado como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura (MinC) e reconhecido como Cultura Viva pelo Governo do Rio Grande do Sul, o IPC integra a Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura do MinC, através da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli).