O bicentenário da imigração alemã estará em destaque na próxima terça-feira (14), em Igrejinha. O historiador e escritor Rodrigo Trespach participará de um bate-papo sobre a data com apresentação de seu livro “1824: Como os alemães vieram parar no Brasil, criaram as primeiras colônias, participaram do surgimento da igreja protestante e de um plano para assassinar d. Pedro I“. Será no Centro de Eventos Prefeito Selson Flesch, a partir das 19 horas, com entrada gratuita.
A obra narra a chegada dos imigrantes de língua alemã ao Brasil e a formação das primeiras colônias no século XIX. Mostra como os alemães participaram da instalação das nossas primeiras colônias agrícolas, do surgimento da igreja protestante brasileira e até mesmo de um plano para assassinar d. Pedro I. Por meio de documentos, cartas, ofícios e uma vasta bibliografia, o pesquisador entrelaça a vida de líderes políticos, militares e visionários com a de artesãos, agricultores e camponeses que atravessaram o Oceano Atlântico em busca de novas e melhores condições de vida.
Dividido em 22 capítulos, o livro é um mergulho na imigração germânica no Primeiro Reinado – entre o período de 1822 e 1831. Durante nove anos, mais de cinco mil alemães desembarcaram no Faxinal do Courita, porção de terra próxima ao Rio dos Sinos, nos arredores de Porto Alegre. O pequeno povoado instalado no Rio Grande do Sul tornou-se exemplo de sucesso da política de colonização do governo imperial e, por dois séculos, os germânicos adaptaram os costumes europeus à cultura brasileira: hoje, o país soma mais de cinco milhões descendentes de alemães.

Rodrigo Trespach nasceu em 1978, em Osório, Litoral Norte gaúcho. Tem formação em Histíria e quase três décadas de experiência como pesquisador, atuando como colaborador de instituições de pesquisa histórica no Brasil e no exterior. Trespach é membro pesquisador do IHGRGS (Instituto Histórico e Geográfico do RS, do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo) e da FÉCCAB (Federação dos Centros de Cultura Alemã do Brasil). É um dos sócios-fundadores da AÉLN (Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, criada em 2007, sendo presidente da
instituição em duas oportunidades (ocupa a cadeira número 1 da instituição gaúcha) É autor de 18 livros, entre eles: A Revolução de 1930 (2021), Grandes Guerras e Às margens do Ipiranga (2022), 1824 (2023) e Os nomes da Independência (2024).