Uma folha em branco

Escrever é o primeiro ato de criação. Quando você retira um desejo do campo abstrato e o deposita no papel, deixa de ser apenas um espectador da própria vida para assumir o papel de autor.

Não aguarde o dia 1º de janeiro para buscar uma caneta. O “ano novo” tem início no exato instante em que você decide narrá-lo. Muitas vezes, guardamos nossos anseios no silêncio do pensamento, acreditando que ali estarão seguros. Todavia, o pensamento é volátil como o vento; já a palavra escrita, esta possui raízes.

Por onde começar?

Talvez você esteja se perguntando por onde iniciar essa jornada. A resposta é simples: escreva. Apenas anote. Não se preocupe com a técnica; preocupe-se, acima de tudo, com a sua verdade.

Utilize esta época de introspecção para transformar sua lista de desejos em um exercício literário e de vida. Escrever é organizar o caos. Ao listar suas metas para 2026, você está, em essência, redigindo o roteiro da sua própria jornada. Cada desejo anotado é um compromisso firmado entre quem você é hoje e quem você pretende se tornar.

Que, neste final de ano, o seu maior presente seja uma folha em branco e a coragem de preenchê-la. Afinal, a vida é a única obra que escrevemos enquanto a vivemos.

A escrita livre

Nesta fase inicial, não se preocupe: não há regras, nem gramática, nem julgamento. É o momento de deixar a caneta correr.

  • O que fazer: Reserve de 5 a 10 minutos para escrever sem interrupções. Não pare a caneta. Escreva sobre o sonho que teve, a frustração com o trânsito, a beleza de um sorriso, sobre seu animal de estimação ou simplesmente sobre o tempo.
  • O objetivo: “Limpar” os ruídos da mente. Ao esvaziar a superfície, você permite que os pensamentos mais profundos e as ideias mais autênticas possam, finalmente, emergir.

Poema livre

À sede

O saciar da água
Ao artista 
O suor do corpo

Ana Elicker

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