O escritor e ativista cultural Paulo Wagner lançou, na última sexta-feira (10), seu terceiro livro “Velho Maragato”. Trata-se de um conto poético e visceral, onde a violência encontra o lirismo das paisagens e das perdas. Na trama, dois personagens, Feliciano e Jupira, que forjam suas vidas e memórias em um tempo de violência, guerras, revoluções, degolas, paixões e promessas que o tempo levou. “Um mergulho na alma gaúcha – e na alma humana”, diz a escritora e professora Ana Elicker na contracapa.
Aos 61 anos, é pai de um casal de gêmeos (Jordana e Pablo) e avô de uma neta (Aisha). Depois de atuar em diferentes áreas, das vendas ao serviço público, aposentou-se e somou ao curriculo a atividade de escritor. Em 2021, estreou na literatura com “Crônicas do Sul do Mundo” e, no ano seguinte, lançou “Ao Acender dos Lampiões”. Atualmente é presidente do Coletivo de Escritores e Artistas do Paranhana (CEAP). “Sou um contador de histórias, um memorialista, que procura através da crônica, da ficção, trazer mundos e momentos esquecidos ou relegados pela cultura dominante”, descreve-se.
Em entrevista ao Podcast do Drops, publicada no Episódio 39 (disponível aqui), Paulo Wagner compartilhou a sua trajetória, projetos e percepções.



O evento, com sessão de autógrafos, foi realizado no La Chocolataria, no Centro de Taquara, com um Sarau Literário que reuniu diversos artistas da região. O “Velho Maragato” é um lançamento da Editora Bestiário, e cada exemplar está sendo comercializado por R$ 50,00. Em contato diretamente com o autor pelo WhatsApp 51-99196.6353 é possível adquirir e ainda garantir um autógrafo com entrega presencial na região ou envio pelo correio. Também é possível comprar nos pontos de vendas: La Chocolataria e Nutricom (Café da Lurdinha), ambos em Taquara.
Um escritor com personalidade e em constante evolução
Paulo destaca que todos os seus livros têm um estilo e traços comuns, nas escritas que resgatam memórias e vivências do cotidiano, da história e da vida das pessoas. “A minha literatura sempre busca trazer o leitor para dentro da história, percorrendo junto com os personagens as dificuldades, as alegrias, as tristezas relacionadas com a época da história que aconteceu”, pontua. Diferente dos livros anteriores, que eram crônicas, agora o autor se aventura em um novo estilo. “É um conto visceral que constrói um retrato do amor ferido e estraçalhado pelo mal dos homens maus. É uma história do povo, que lutou, sofreu, amou e morreu sem medalhas”, registra.