Acredito que homenagens e reconhecimento sempre devem ocorrer em vida. Quando a pessoa não estiver mais aqui, tanto faz. O tempo se foi!
Mas hoje todos estão reverenciando nosso maior cronista, o mais bem humorado e o mais tímido, também, que partiu afirmando ser ateu. A eternidade, para mim, fica religiosamente em todos os textos que leio de Luis Fernando Verissimo.
Até essa minha crônica pode ser uma homenagem póstuma, apesar da alegria que vou manter viva em cada palavra escrita por ele. E por isso, este domingo ensolarado se despede dele com céu azul, lugar onde talvez repouse ou relute em ficar.
Em praticamente todos os saraus que realizo tem uma crônica de Verissimo! E lá se vão mais de 20 anos. Pessoalmente, nunca conseguimos trazê-lo para um bate papo com os nossos leitores. Fez falta, mas as homenagens já ocorriam na leitura de cada texto, no riso dos convidados e na reflexão que ele instigava nas entrelinhas.
Hoje não me despeço porque ele sempre estará presente por aqui com sua obra. E na dúvida de um destino celestial, prefiro seguir lendo e aprendendo com suas crônicas como se estivessem sido escritas há pouco, neste instante, neste segundo para nós, leitores e admiradores dele em vida.
E chega de homenagens!
Agora, é hora de agradecer!
Obrigada, Verissimo!
*Foto de capa: Bruno Veiga | Reprodução Grupo Companhia das Letras