Festivale dá início a sua 32ª edição e realizará uma semana de celebração ao teatro

O Festival de Teatro do Vale do Paranhana (Festivale) teve início nesta segunda-feira (30) em Rolante. O evento, que segue até domingo (06), irá reunir grupos teatrais de diferentes partes do Brasil para uma semana de apresentações e celebração da arte. Os espetáculos são apresentados na Sociedade Carlos Gomes e a entrada é um quilo de alimento não perecível.

A abertura oficial aconteceu na tarde da segunda-feira, com presença do prefeito de Rolante, Alceu Trevizani da Rosa, do vice-prefeito de Rolante Arthur Klein, da Diretora do Departamento de Cultura, Joyce Aline dos Reis, do Presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Joel Teixeira da Silva (Joel Porto), da secretária de educação de Rolante, Nara Voltz e do vice-prefeito e secretário de Cultura e Turismo de Igrejinha, Juliano Müller de Oliveira.

A exibição do espetáculo infantil “O Violinista Mosca Morta“, do artista Pedro Caroca, de São Paulo/SP, abriu a programação de espetáculos. A noite, o palco recebeu a Cia Teatral Acto, de Garibaldi/Rs, que apresentou Dom Quixote – Além de La Mancha.

Ao longo da semana, 17 apresentações teatrais subirão ao palco, trazendo ao público montagens de diversos municípios do Rio Grande do Sul, além dos estados de AmazonasSão PauloParanáSanta Catarina. O Festivale é o mais antigo festival de teatro do Estado e consolidado como um dos mais importantes do país. Ele tem sua importância em diferentes frentes, como a formação de plateia, desenvolvendo o gosto pelas artes cênicas na comunidade, além de ser uma oportunidade de integração, troca de experiências e qualificação dos grupos teatrais participantes.

Fortalecimento do teatro

O Festivale iniciou como um evento de teatro amador e como o tempo se profissionalizou e atualmente a maioria dos participantes são grupos profissionais de todo o país. A Diretora de Cultura de Rolante, Joyce Reis, conta que é como um catálogo, onde a comunidade pode conferir a programação completa e encontrar opções variadas entre as possibilidades que o teatro oferece, pois a curadoria prioriza também essa questão.

Ela avalia que o interesse dos grupos em participarem passa pela qualidade do evento, que oferece condições técnicas de luz e som, com um ambiente todo transformado para os espetáculos. E vai além. “A gente recebe grupos com muita qualidade. Eles buscam o nosso evento para ter o contato mágico com a nossa plateia, porque todos os dias temos casa lotada e também para receber o feedback dos nossos avaliadores. Nós temos uma preocupação muito grande com a qualidade da avaliação. Esse momento que acontece depois da apresentação, onde os avaliadores conversam e debatem com o grupo é um momento, na minha opinião, mais rico, onde acontece o motivo do festival ser, que é essa troca de experiências e o crescimento do grupo”, pontua.

Nesta edição, o Festivale tem como avaliadores quatro profissionais de referência em diferentes vertentes teatrais: Juliana Kersting, Vika Schabbach, Dionatan Rosa e mediação de Plínio Mósca.

Grupos do país todo

Ser selecionado para participar do Festivale é um objetivo de diversos grupos e artistas que reconhecem a importância e qualidade do evento. Quem vem uma vez, quer voltar. Para esta edição, foram 40 peças inscritas, sendo 14 selecionadas para a mostra competitiva e três que se apresentarão como convidadas – totalizando 17 espetáculos ao longo da semana. O Grupo Jurubebas de Teatro, de Manaus, esteve em 2024 e retorna em 2025.

Quem também está de volta, agora pela terceira vez, é Zé Ricardo Bassani, da Trupe Jonzé, de Presidente Prudente/SP. No domingo (29), ele dirigiu mais de 1250km, apenas em sua própria companhia, atravessando quatro estados para chegar a Rolante e apresentar sua arte. “Tive o privilégio de ser selecionado e é uma honra estar aqui e compartilhar um pouco da minha arte e estar no mesmo palco junto com tantas companhias de referência. O Festivale já mora no meu coração e Rolante também. Quando volto pra casa, sempre falo das belezas naturais e das pessoas dessa cidade. Venho com muita alegria pra cá”. Nas suas redes sociais ele compartilhou momentos da viagem solitária. “Era pra não enlouquecer só na minha companhia”, brinca.

*Fotos: Josef Ponciano Fotografia

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