O primeiro de maio deste ano, data em que se comemora o Dia do Trabalho ou do Trabalhador, como queiram, ao que tudo indica marca uma nova fase nas relações empregatícias.
Ao contrário de anos anteriores, de um tempo pra cá falta mão de obra em praticamente todos os segmentos. Em qualquer estabelecimento, uma placa anuncia: “Há vagas”.
E a reclamação vai desde a falta de pessoas para a execução de serviços gerais, padeiro, manicure, vendedores, balconistas, caixa de supermercado, até gerentes e professores.
A coisa tá feia e, neste caso, a culpa não é da Inteligência Artificial. Muito pelo contrário, essas profissões não podem ser substituídas, por enquanto, por robôs. A IA ainda não sabe fazer pão e nem dar aulas presenciais, mesmo que isso signifique cada vez mais um risco para alguns professores que fogem da sala de aula como o diabo da cruz.
Não é exagero! Perguntem em qualquer lugar da sua cidade, especialmente no comércio ou na área da educação se há vagas e a resposta será a mesma: há muitas vagas, sim, mas não há gente disposta a trabalhar ou a ficar no lugar por um ou dois meses. Nem cumprem o contrato de experiência e já pedem demissão.
Os motivos ou as desculpas são os mais diversos, mas a maioria dos jovens, especialmente, não quer sair da casa dos pais, onde poderia ficar até morrer sem estudar e sem trabalhar.
Sair da bolha e passar alguns “perrengues” para aprender um ofício, ganhando salário de gente normal, nem pensar! Melhor tentar ser influenciador digital para enriquecer sem fazer nada.
Nem a Inteligência Artificial vai dar conta desse fenômeno e, em breve, preparem-se para comer o pão que o diabo amassou, já que ninguém mais saberá o que é um padeiro.
E agradeça se ainda sobrar algum professor nas escolas.
Em várias profissões, as vagas não serão preenchidas por algoritmos e o conhecimento nunca será substituído por uma máquina, que sempre precisará de alguém que saiba fazer para depois poder mandar um robô ou o que seja, executar.
Enquanto isso, vá se acostumando a passar suas compras sem auxílio de qualquer funcionário pelo caixa automático do supermercado, a limpar sua casa sozinho, a cortar grama, a consertar eletrodomésticos, a fazer pão e, se der tempo, a ensinar seus filhos a saírem da tela do celular para aprenderem uma profissão. Tema de casa, sem nenhum professor para corrigir. Boa sorte!