A resposta para a pergunta acima é quase óbvia para quem reflete sobre a enxurrada de comentários que todos, ou a maioria eu diria, a qualquer momento e em qualquer lugar têm, sobre tudo, sem sequer terem sido consultados ou chamados a participar de conversas ou assuntos que nunca ouviram falar. Mas quem perguntou sua opinião?
Se consultado, tudo bem. Pode dar seu “pitaco”, sua sugestão ou crítica construtiva. Caso contrário, quem mandou abrir a boca? Mal dos tempos atuais, os famosos “comentários”, em redes sociais e em grupos, surgem de onde nem se imagina, “detonando”, “lacrando” ou “idolatrando” seja o que for, dependendo do que passa pela cabeça daquele que sempre tem “algo” a dizer.
Cabe analisar e reforçar que opinião sempre é bem-vinda no contexto do que está sendo dito ou publicado, com discernimento, bom senso e conhecimento de causa, na medida do possível. E em bom e correto português, de preferência sem erros gramaticais, por favor.
O que tem aparecido por aí, em forma de comentário, opinião ou crítica, se assim podemos classificar essa categoria que invade a internet como território livre de julgamento, arrepia os cabelos, apavora e dá medo do que ainda está por vir. Mais do que pena, sinto uma certa tristeza, quase depressiva, ao ler frases desconexas, sem ponto e sem vírgula, abreviadas e pobres como o pensamento de quem tenta escrever sobre o que nunca leu ou refletiu a respeito. Apenas comentou porque assim fazem todos os seres conectados neste mundo virtual que ainda está longe, democraticamente, da efetiva e verdadeira liberdade de expressão, que precisa e deve ser preservada, e não mutilada por ignorância e fake news.
Porque liberdade implica em responsabilidade e sabedoria. Expressão também. Bem longe do que podemos testemunhar todos os dias, não só nas redes sociais, mas ultimamente em qualquer lugar, público ou privado. Todos opinam e todos têm razão e todos ignoram todos.
Sou da tribo dos que optam por ser feliz, tendo razão ou não, mas defendendo eternamente o direito de que o outro possa dizer e opinar, desde que com respeito, credibilidade e conhecimento de causa. Fora disso, melhor investir na ficção.
Mas quem quer saber, realmente, a sua, a minha e a nossa opinião?
Sem comentários…