O cantor, compositor, multi-instrumentista e escritor Duca Leindecker é presença confirmada no Prefácio Flitaq – prévia da Festa Literária Internacional de Taquara (Flitaq). Ele participará de um bate-papo sobre música e literatura na quinta-feira (29), às 19h30, na Rua Coberta de Taquara.

Reconhecido como um dos mais influentes artistas gaúchos, foi o vocalista e líder da banda Cidadão Quem até o seu fim, em 2014. Foram sete álbuns gravados, shows icônicos e muita história para celebrar. Ao lado do ex-líder do Engenheiros do Havaii, Humberto Gessinger, formou o Pouca Vogal, com dois discos e um DVD. Em sua carreira solo, já lançou cinco álbuns e atualmente divide o palco em alguns de seus projetos com o filho Guilherme. Estreou na literatura em 1999, com o lançamento de “A Casa da Esquina”. Também é autor de “A Favor do Vento” (2002) e “O menino que pintava sonhos” (2013). Morando nos Estados Unidos, mas preparando o retorno definitivo ao Brasil, ele trabalha na gravação de um novo álbum de inéditas que será lançado em 2025.

Em entrevista exclusiva ao Drops do Cotidiano, Duca fala sobre a sua relação com a música e literatura, temas que abordará no palco do evento taquarense, além de contar novidades e percepções que tem sobre a cena cultural. Confira:

Drops do Cotidiano: Como a literatura entrou na vida e qual a importância dela?
Duca Leindecker: Sempre gostei de escrever. Escrevo desde os 11 anos em verso e prosa, mas amadureci primeiro na música. Sem parar de escrever, só consegui um texto consistente aos 29 anos com “A Casa da Esquina”.

Drops: Como é a experiência de poder unir música e literatura em uma apresentação para o público?
Duca: É muito legal ver a gurizada encontrando na música uma porta de entrada para a literatura. Acho que o mais importante é quebrar esse ranço que a literatura tem para os jovens.

Drops: Como está o processo de gravação do teu novo álbum de inéditas? Já tem data de lançamento?
Duca: Adoro compor e gravar. Todo o processo é muito fascinante. Estou acabando a fase de gravações para então entrar no processo de mixagem. Com o show de 20 anos do Acústico da Cidadão Quem agendado para o final do ano decidi lançar o disco novo em 2025.

Drops: O álbum tem alguma temática específica? Alguma parceria internacional no álbum
Duca: Acho que tem a ver com movimento. Como a energia de um trem que vem de estação em estação. O baterista James McLaughlin participa em 4 faixas.

Drops: Tens previsão de algum novo livro?
Duca: Estou dando um tempo de escrever prosa. Estou concentrado agora nos versos das músicas do novo disco.

Drops: Como é a tua relação com Taquara e o Vale do Paranhana?
Duca: Além que curtir o lugar tenho uma história ótima: o meu aluno mais celebre do tempo que dei aulas de guitarra é de Taquara, o Grecco Buratto. Aprendeu a tocar comigo e virou guitarrista da Shakira, KD Lang, entre outros artistas gigantes. Muito orgulho dele.

Drops: O que você está preparando para a apresentação na Flitaq? Como você espera que seja esse reencontro com o público do Paranhana?
Duca: Adoro trocar histórias com a galera. Vai ser demais.

Drops: Como está sendo se dividir entre a agenda no Brasil e a vida nos Estados Unidos?
Duca: Estamos voltando dos EUA pra ficar. A ideia era ficar um ano e o ano passou. Volto com esse disco gravado e muitas experiências legais.

Drops: O que estás lendo no momento? E o que não sai da tua playlist? 
Duca: “Mar sem fim”, do Amir Klink, que eu ainda não tinha lido e atualmente estou fascinado com a filha do Will Smith, a Willow Smith. De artistas regionais estou curtindo o Rafa Witt e o Igor Guri.

Prefácio Flitaq

O Prefácio Flitaq, prévia da Festa Literária Internacional de Taquara – Flitaq, marcada para novembro, é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul e tem a organização da Prefeitura de Taquara e do Serviço Social do Comércio – SESC. O Prefácio Flitaq será de 28 a 31 de agosto, na Rua Coberta, além de diversas ações descentralizadas. Confira a programação completa aqui.