Igrejinha é reconhecida como a Capital Estadual do Voluntariado. Isso porque, muito além de realizar a maior festa comunitária do País, a Oktoberfest de Igrejinha, onde cerca de três mil voluntários fazem a festa que reverte os lucros para entidades da região, várias entidades são comandadas por voluntários e grupos de trabalho voluntário existem. Não poderia ser diferente agora, na maior enchente de sua história. O voluntariado tem sido o grande benfeitor na reconstrução do município. Pessoas da cidade, inclusive algumas que também foram atingidas pela enchente, além de doações e pessoas de todo o país chegam para ajudar.
Não era preciso muito. Chegar com botas de borracha, rodo e baldes já era de grande ajuda. Grupos de amigos e de empresas. Gente que costuma fazer voluntariado e gente que pela primeira vez está ajudando. Não era nem preciso conhecer as pessoas. Tantos chegaram dizendo “precisa de ajuda aqui?”, e começando a trabalhar. Mais de 15 carretas de donativos já chegaram, vindas dos mais variados locais e enviadas pelas mais variadas pessoas, como a enviada pelos sertanejos Guilherme & Benutto. Empresas contribuem com doações, auxílio no trabalho, entrega de marmitas e lanches, como é o caso do Sicredi Caminho das Águas que doou colchões entre outros itens e do Sesc Taquara e Senac Taquara, que contribuíram com marmitas, doações e limpeza de locais atingidos.
O Sobrinhos Rock Bar, casa de festas localizada no Centro de Igrejinha que tem o Rio Paranhana como seu vizinho, passou mais de 20 dias sendo um espaço de coleta e entrega de doações. Atingidos pela enchente, contou com clientes e amigos na limpeza de seu espaço. Mas tocados por um sentimento de gratidão por não terem sido tantos os estragos, decidiram ajudar ainda mais. Já no domingo (05), transformaram o seu pátio em um um centro de doações. A grande quantidade de itens e as previsões de novas chuvas exigiram uma mudança no local doação e ela se mudou então para o Barracão Católico do Bairro XV de Novembro. Centenas de famílias buscaram doações que iam de roupas a itens de casa, incluindo produtos de higiene e limpeza. Após quase um mês – o bar já havia cancelado a festa do dia 30 de abril quando houve uma enchente menor -, foi iniciado o processo para reabrir o bar, afinal, era preciso voltar a trabalhar. Assim, o centro de doações foi encerrado e as doações que sobraram enviados para o Vale do Sinos e Região Metropolitana que, no final de maio, começavam a ter a água baixando e precisavam de doações.




Teve quem veio de longe para ajudar. Como é o caso de uma comitiva de Itumbiara, no Goiás. Por iniciativa da chef de cozinha Jaqueline Vilela (foto de capa), um grupo de amigos veio em direção ao RS para ajudar. Como? Produzindo marmitas. Chegaram a Igrejinha com uma carreta cheia de doações arrecadadas com outros amigos e um caminhão com tudo o que precisavam para poder preparar. Para confeccionar os pratos, fizeram questão de comprar itens no comércio local e ajudar a girar a economia. Pediram apenas um lugar seguro para poderem dormir e descansar. Chegaram a produzir 1400 marmitas, sendo 1000 para Igrejinha e 400 que eram enviadas para Novo Hamburgo.
[…] foi danificado. Mesmo atingidos, por cerca de 20 dias, os proprietários do local coordenaram um espaço de recebimento e entrega de donativos. Somente no dia 25 de maio o local reabriu ao público, com uma noite de tributo ao rock que […]
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