Esteban Tavares volta à região e faz show em Igrejinha nesta quinta-feira

O palco do Sobrinhos Rock Bar, em Igrejinha, recebe mais uma vez Esteban Tavares – para alegria dos fãs e admiradores. O cantor, compositor e multi-instrumentista aterrissa na região após finalizar a turnê comemorativa de 10 anos do seu primeiro disco solo, “Adiós, Esteban”, e o show que ele apresentará faz parte de um novo momento de sua carreira. “Vamos tocar de tudo um pouco. Embora seja uma carreira curta, de 10 anos, são cinco discos e vamos passar por tudo isso. Estou num ponto muito feliz da minha vida. Sempre pude tocar as minhas músicas e as pessoas tem um certo apego por elas. Quero ver todo mundo lá e estou muito feliz”, convida.

Esteban já tocou no Sobrinhos e também fez parte do line up do Sobs Festival, motivo pelo qual tem uma relação muito próxima com a cidade, o bar e sua equipe. “Eu adoro Igrejinha e o Sobrinhos. Toda vez que vou pro Sobrinhos, eu tenho uma expectativa enorme de encontrar o pessoal. A simpatia e a empatia deles comigo é muito grande. Todos os shows aí são especiais, mas o primeiro show foi muito bacana porque já se criou amizade muito grande. O pessoal da casa é gentil de uma maneira extrema e eu sempre fui muito bem tratado. O clima sempre é de festa aí”, comemora.

O show vai trazer canções de sua carreira solo. Por isso, o artista já adianta que quem for esperando músicas de seus trabalhos com a Fresno ou com o Humberto Gessinger pode ficar um pouco decepcionado.  “Estamos numa transição de turnê e vai ter as músicas que são muito importantes para esse momento que estou hoje. Do que eu criei e do que fiz até hoje e alguns compositores que admiro sempre vai ter no show”, deixa no ar a expectativa.

Antes de Esteban, quem sobe ao palco para o seu show é o músico Chico Paz – artista que, na última semana, lançou seu single novo “A Verdade”, que estará em seu novo álbum, com lançamento previsto para agosto (e a gente contou aqui).

Evolução como artista e pessoa

Quando perguntado sobre o que mudou e o que permanece do Esteban de 10 anos atrás que iniciava a sua carreira solo, ele é analisa. “Eu amadureci. Acho que todo mundo que envelhece, amadurece. As minhas letras mudaram bastante, mas esse é um disco que segue atual pra mim e que eu sei que as pessoas gostam muito”. Para os apaixonados por este disco, vem novidade: ele deve ser lançado em vinil – acompanhando uma tendência musical do mercado. Vai ser uma edição limitada e autografada, perfeita para fã e colecionador! “É um disco que nunca vai deixar de ser comemorado. Não só por ser o primeiro, mas ele me deu muita chance na vida, me levantou pra muitas coisas e eu nunca vou renegar o amor que eu tenho por ele”.

No final do ano, Esteban vai para a Argentina onde gravará um novo disco, saindo do seu estúdio onde os outros discos foram gravados e, portanto, ele era o responsável da composição, fazer a demo, gravar, mixar, masterizar… O disco deve ser lançado em 2024 e já tem nome “Dale Gracias”adiantado em primeira mão para os leitores do Drops do Cotidiano!

A música tem que ser democrática

Os fãs e nostálgicos do rock muitas vezes criticam outros estilos ou o momento atual onde outros ritmos estão mais em evidência. Perguntado sobre como percebe o momento, Esteban é enfático em dizer que acredita na democracia da música. Para ele, o rock esteve em evidência por 50 anos, desde os tempos de Chuck Berry e Elvis Presley, com espaço na mídia, assim como percebe também que a figura do rock star hoje foi substituída pela do influenciador digital para os jovens. “Eu não acho que o funk, o sertanejo, o trap devam ser ignorados porque o rock está numa fase menor. A democracia na música é importantíssima”.

Ele cita a alegria em ter participado da turnê comemorativa dos Titãs com estádios lotados e o quanto gosta de ver os roqueiros fazendo shows assim. Destaca ainda a reunião do NX Zero e o Los Hermanos, se reúne há cada quatro anos para shows, como boas iniciativas que mostram a força do rock. “Hoje ter 40 mil pessoas num show é para funk e sertanejo e eu não sou um cara rancoroso com isso não. Eu superentendo que os tempos mudam, as gerações e os instrumentos vão mudando. Hoje em dia, a música feita de maneira eletrônica é muito mais forte. A gente teve a nossa chance por muito tempo, durante meio século e eu acho isso incrível. A gente espera que o rock volte um pouco mais forte, mas a gente precisa de bandas novas. A moda é cíclica e pode voltar a qualquer momento e é isso que eu espero”.

Deixe um comentário